O Uso do método de Geodesign como ferramenta para sensibilização de crianças sobre resiliência urbana às mudanças climáticas

Arquisur 2019 – Ano 2019

Autores desta publicação

  • LOURA, Rejane M.
  • BORGES, Marília
  • MOL, Natália
  • ASSIS, Eleonora
  • MOURA, Ana Clara M. – Prof. Ana Clara Mourão Moura - COORDENADORA
  • Palavras-chave: Geodesign; Co-Design; Planejamento Compartilhado

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Resumo da publicação

O estudo encomendado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – PBH - em 2016 (PBH et al, 2016) mostra claramente que as áreas da cidade que apresentam maior vulnerabilidade climática são aquelas que também possuem maior vulnerabilidade social e econômica. Diante deste cenário, a PBH buscou parceria com a UFMG para lidar com a questão. Tal parceria resultou no programa de extensão Compasso, que objetiva desenvolver soluções voltadas para melhoria de resiliência urbana em áreas vulneráveis.
Dentre as ações promovidas pelo Programa em 2019 está uma oficina de ideias para alunos de 6 a 12 anos da Escola Municipal Sobral Pinto – EMSP -, localizada no bairro Conjunto Paulo VI. Esse artigo pretende apresentar e discutir a utilização do método Geodesign como ferramenta para sensibilização de crianças aos problemas decorrentes das mudanças climáticas no seu território. Esse trabalho se justifica na medida em que se debruça na construção de alternativas para trazer à realidade palpável do cotidiano das crianças a questão das mudanças climáticas que ainda hoje é tratada como algo distante e intangível para a maioria da população. Faz-se necessário desenvolver sensibilidade sobre o tema como forma de fortalecer o vínculo dos indivíduos com o território e com a comunidade; desenvolver pensamento crítico sobre as políticas públicas e promover maior autonomia de ação e demandas de cada comunidade. Há que se destacar que essa ação com as crianças tem o potencial de fazer as informações chegarem até os adultos responsáveis por elas, por meio de conversas em casa. Além disso, essa ação faz parte de um processo de mobilização mais amplo da comunidade para tratar do tema de resiliência urbana.
De modo geral, optou-se por seguir o método apresentado por Steinitz (2012) para a realização do Geodesign. A oficina aconteceu no laboratório de informática da EMSP em março de 2019 e contou com a participação de 24 crianças de 6 a 12 anos. O trabalho foi feito na plataforma online GeodesignHub. Para assegurar que todas as crianças teriam compreensão para se trabalhar com mapas, fez-se antes um treinamento de leitura de mapas usando, modelo 3D capturado por Drone do território e mapas impressos antes de iniciar o trabalho na plataforma.
Os resultados alcançados mostram que: i) as crianças não apresentaram dificuldades para lidar com a plataforma digital; ii) as crianças mostraram grande conhecimento sobre o território que vivem; iii) foram capazes de entender problemas decorrentes das mudanças climáticas e reconhece-los em seu cotidiano e iv) ainda foram capazes de espacializar propostas para superação desses.

Como citar:
LOURA, Rejane Magiag; BORGES, Marília Israel de Azevedo; MOL, Natália Aguiar; ASSIS, Eleonora Sad; MOURA, Ana Clara Mourão. O Uso do método de Geodesign como ferramenta para sensibilização de crianças sobre resiliência urbana às mudanças climáticas. ArquiSur 2019, Associação de Escolas e Faculdades Públicas de Arquitetura da América do Sul.

Disponível em:
https://proceedings.science/arquisur-2019/papers/o-uso-do-metodo-de-geodesign-como-ferramenta-para-sensibilizacao-de-criancas-sobre-resiliencia-urbana-as-mudancas-climat?lang=pt-br

Autores do laboratório

  • Prof. Ana Clara Mourão Moura
    Prof. Ana Clara Mourão Moura
    COORDENADORA